segunda-feira, 16 de outubro de 2023

Recicle tecnologia, proteja o futuro: descarte eletrônico consciente!

 

Você sabia que 14 de outubro é o dia internacional do lixo eletrônico? A data foi definida pelo WEEE Forum, uma instituição europeia sem fins lucrativos que teve como principal objetivo lembrar a todos da importância de lidar com o lixo eletrônico de maneira adequada e responsável. Desde então, esse é um dia destinado para conscientizar a população sobre o descarte correto deste tipo de resíduo. O lixo eletrônico – também denominado resíduo eletrônico, resíduo computacional, resíduos de equipamentos eletroeletrônicos (REEE) ou simplesmente e-lixo – trata-se de qualquer equipamento eletrônico descartado ou obsoleto, como celulares, tablets, TVs, computadores, eletrodomésticos, fios, cabos, pilhas, entre outros. Estes dispositivos possuem, em suas estruturas, materiais tóxicos – como mercúrio, chumbo e cádmio –, que podem contaminar o solo e a água se não forem descartados adequadamente, gerando consequências graves para o meio ambiente e para a saúde humana. 

Fonte: Pixabay

 

Descarte incorreto, um problema a enfrentar

Segundo o relatório The Global E-Waste Monitor, responsável por levantar dados qualitativos e quantitativos sobre a gestão do lixo eletrônico em todos os países, o Brasil ficou em quinto lugar do ranking mundial de produção deste resíduo em 2019, ficando atrás apenas da China, Estados Unidos, Índia e Japão. Além disso, uma pesquisa conduzida pela Organização das Nações Unidas (ONU) alertou que apenas 3% do lixo eletrônico são reciclados na América Latina. Estes dados nos chamam a atenção para o descarte incorreto em nosso país. Diante disso, é necessário procurar soluções educativas e regulamentares para evitar este problema e alcançar um futuro sustentável.

 

Obsolescência programada

A relação entre a obsolescência programada e o crescente aumento na produção de lixo eletrônico no Brasil é evidente e preocupante. A obsolescência programada, uma prática na qual os fabricantes projetam produtos com vida útil limitada, impulsiona os consumidores a trocar dispositivos funcionais por versões mais recentes, mesmo quando não é estritamente necessário. Isso resulta em uma quantidade significativa de aparelhos eletrônicos descartados precocemente. Diante disso, é importante que nós repensemos nossos padrões de consumo e promovamos a conscientização sobre a obsolescência programada. Isso leva a um questionamento relevante que você, professor(a), pode fazer em sala de aula: "Quantas vezes vocês, alunos, trocam de celular?". Essa simples pergunta pode ser o ponto de partida para discutir os impactos da obsolescência programada e abordar o crescente problema do lixo eletrônico, incentivando a reflexão e ações mais sustentáveis em sala de aula. 


 Fonte: Pixabay

 

Afinal, qual o descarte ideal? Para que nós possamos descartar corretamente o lixo eletrônico no Brasil, é essencial seguir as diretrizes da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305, de 2010), que estabelece metas para os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes em relação à instalação de Pontos de Entrega Voluntária (PEVs). Esses PEVs são locais estrategicamente designados para a coleta segura de aparelhos eletrônicos fora de uso. Portanto, aconselhamos os leitores a localizar o PEV mais próximo de sua região, separar cuidadosamente seus dispositivos e, ao descartá-los, contribuir para um ciclo de vida responsável e sustentável para esses produtos, evitando impactos ambientais negativos. Fica aí a dica, reciclar os eletrônicos é a forma moderna de dar um upgrade no planeta! ♻️🌍

Texto: Giovana Reis Oliveira, graduanda em Engenharia Ambiental no Cefet/RJ e bolsista de Iniciação Científica pelo CNPq do Labdec.

 

Fontes/Para saber mais

Lixo Eletrônico

https://www.ecycle.com.br/lixo-eletronico/

https://jornal.usp.br/radio-usp/lixo-eletronico-enfrenta-problemas-com-descarte/

https://www.obquimica.org/noticias/index/lixo-eletronico-um-sinal-de-constante-inovacao-e- consumo-excessivo/

https://www.pressenza.com/pt-pt/2023/02/descarte-incorreto-de-lixo-eletronico-uma-ameaca- ao-meio-ambiente-e-um-desafio-a-sustentabilidade/

https://greeneletron.org.br/blog/detalhes-do-relatorio-que-investiga-como-os-paises-estao-lidando-com-o-lixo-eletronico/

The Global E-waste Monitor 2020 https://ewastemonitor.info/gem-2020/

Pesquisa da ONU https://news.un.org/pt/story/2022/01/1777952

 

Mecanismos de busca

1. Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos https://abree.org.br/

2. eCycle https://www.ecycle.com.br/postos/reciclagem.php 3.

Green Eletron https://greeneletron.org.br/localizador

Filme

Wall-E, Estados Unidos, 2008 Direção: Andrew Stanton Roteiro: Andrew Stanton, Pete Docter Elenco: Ben Burtt, Elissa Knight, Jeff Garlin

No filme da Pixar, Wall-E, somos transportados para um futuro em que a Terra está sufocada por resíduos eletrônicos, e um solitário robô tem a missão de compactar esse lixo para restaurar o planeta à sua habitabilidade para os humanos. 

 

Documentários

A História das Coisas

https://www.youtube.com/watch?v=7qFiGMSnNjw

A História Secreta da Obsolescência Programada https://www.youtube.com/watch?v=o0k7UhDpOAo&t=1s

Resíduos Sólidos Eletrônicos

https://www.youtube.com/watch?v=umrWcjbQDeY

The Story of Electronics

https://www.youtube.com/watch?v=sW_7i6T_H78

 

segunda-feira, 2 de outubro de 2023

Animes e ensino de ciências: presentes para professores e alunos

 

Sabemos que outubro é o mês das crianças e, em homenagem a elas, trazemos um assunto que fazem brilhar os olhos dos pequenos: os animes. Essas produções podem ser recursos incríveis para a sala de aula. Portanto, esse texto é também um presente para você, professor/a! Nele, nós vamos mostrar cinco temáticas científicas presentes no anime Hunter x Hunter para usar nas suas aulas do ensino fundamental. Mas primeiro, trazemos algumas razões para utilizar os animes com seus alunos:

Muitas crianças gostam de animes

Os animes têm uma estética visual única, histórias envolventes e personagens cativantes que podem atrair o interesse das crianças. Além disso, abordam uma ampla variedade de temas, desde aventura e fantasia até comédia e amizade, o que pode cativar o público infantil.

Possibilidade de identificação com os personagens

Personagens como Gon Freecss e Killua Zoldyck são crianças que embarcam em uma jornada de autodescoberta e amadurecimento ao longo da série. Seus alunos podem se identificar com o processo de crescimento e se dar conta de que enfrentam desafios semelhantes em suas próprias vidas. Essa identificação com os personagens pode criar uma conexão emocional e aumentar o interesse das crianças pela história.

Amizade e trabalho em equipe

Em Hunter x Hunter, os personagens infantis formam laços de amizade e trabalham em equipe para superar obstáculos. Essa dinâmica pode inspirar seus alunos, incentivando-os a valorizar a amizade, a colaboração e a importância do trabalho em grupo.


 

Viu que legal? E olha que esses são apenas alguns dos motivos. Agora, trazemos os cinco temas científicos que encontramos nessa história repleta de aventuras para você entender melhor por que escolhemos essa animação.

1. Evolução e adaptação dos seres vivos

Hunter x Hunter apresenta uma grande variedade de criaturas com habilidades únicas. Os alunos podem explorar como essas habilidades se relacionam com a evolução e a adaptação dos seres vivos no mundo real.

2. Psicologia e comportamento humano

O anime aborda temas psicológicos complexos, como a personalidade e a motivação dos personagens. Os alunos podem discutir e analisar como esses aspectos se aplicam à vida real.

3. Energia e eletricidade

Na série, há personagens que possuem habilidades elétricas, como Killua. A história pode ser usada para explorar conceitos básicos de eletricidade, como circuitos, corrente elétrica e condutividade.

4. Ecossistemas e biodiversidade

Hunter x Hunter apresenta diferentes ambientes e ecossistemas, como florestas, montanhas e desertos. Os alunos podem estudar a importância da biodiversidade e como os ecossistemas funcionam para sustentar a vida.

5. Ciências médicas e anatomia

O anime inclui personagens com habilidades de cura, como o personagem Leorio. Os alunos podem aprender sobre o corpo humano, sistemas orgânicos e a importância da medicina no cuidado com a saúde.


 

Mas então agora você deve estar se perguntando: Como levar esse conteúdo todo para a sala de aula e engajar os alunos de verdade? Existem várias maneiras. Uma delas é trazer discussões e reflexões sobre os temas, personagens e dilemas éticos apresentados nos animes, incentivando seus alunos a expressarem suas opiniões e a refletirem sobre as lições e mensagens transmitidas. Isso pode ser feito por meio de debates, redações, grupos de discussão ou atividades em pequenos grupos, por exemplo.

Outra maneira de utilizar os animes em sala de aula é realizando atividades em que seus alunos tenham de usar a criatividade. Os alunos podem criar histórias em quadrinhos, desenhos, roteiros de animação, poemas ou até mesmo peças teatrais baseadas nos animes assistidos. Essas atividades permitem que os alunos expressem sua compreensão dos temas e personagens de forma criativa e engajadora. Você pode também trazer uma aplicação prática, procurando maneiras de relacionar os conceitos apresentados nos animês com situações do mundo real. Bom trabalho e boa diversão!

Texto: Tayná de Souza Pereira, bióloga e mestranda em Educação e Ciências e Saúde pelo Instituto Nutes/UFRJ

 

Links de interesse:

https://www.uninter.com/noticias/do-japao-para-o-mundo-animes-e-mangas-sao-sucesso-absoluto

https://wp.ufpel.edu.br/artenosul/2017/11/13/anime-do-japao-para-o-mundo/

https://jornalismorio.espm.br/destaque/a-popularizacao-dos-animes-no-brasil/

 

1º episódio da série antiga de Hunter x Hunter (1999): https://www.youtube.com/watch?v=n8i0H_wbLt0

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