Nos anos 1960/70, o campo do conhecimento Ciência, Tecnologia e Sociedade começou a se delinear e foi se consolidando ao longo do tempo, nos vários continentes. Atualmente, é impossível assistir a uma tragédia como a que assola o Rio Grande do Sul sem pensar em aquecimento global, mudanças climáticas e suas causas. Até porque as consequências já estão nos atingindo duramente.
Fica, também, mais claro o papel dos vários atores sociais envolvidos neste processo de deterioração do ambiente: temos empresas, indivíduos, representantes das várias esferas de poder. Temos até cientistas tentando contestar o incontestável por meio de falsas controvérsias e jornalistas que lhes dão visibilidade e credibilidade. Não existe um muro que separa a ciência e a sociedade, até porque quem faz ciência é humano, tem uma inserção social – ou muitas – e também está permeado por subjetividade. Assim é com todos os indivíduos.
Ciência, tecnologia e sociedade não são entidades estanques, e todos nós fazemos parte desta teia de relações que, em ocasiões como esta, aparece de maneira tão clara. As opções que fazemos hoje – desde o nosso descarte de resíduos até o nosso voto – vão nos levar a sociedades mais ou menos saudáveis, a ambientes contaminados em maior ou menor medida. O que queremos para nós, para o planeta e para as gerações futuras?
Ajuda
Em primeiro lugar, neste exato momento, um estado inteiro pede ajuda. Muitos perderam suas casas, tantos perderam a vida, outros, ainda, a família. É preciso doar e compartilhar água, comida, roupas, esperança. A ciência e a tecnologia tornam mais rápidos os resgates, a detecção de pessoas ilhadas, a comunicação, a distribuição de doações. Também têm um papel fundamental na previsão do tempo, na preparação para o que vem. Mas, além da ciência e da tecnologia na sociedade, o que nos tem movido é a solidariedade. Somos todos/as humanos/as.
Que esta tragédia termine logo e que possamos nos lembrar que nossas escolhas afetam o planeta e nossos companheiros de jornada. Já dizem os ativistas: “não existe planeta B”. Que a solidariedade nos guie para ajudar, agora e sempre que necessário, mas também para pensar em nossas decisões mais simples. Estamos conectados e somos um planeta só.
Texto: Fernanda Veneu
Imagens: Pixabay
Com a palavra, o físico e divulgador científico Marcelo Gleiser: https://www.instagram.com/reel/C6tYe3YuB4L/
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